30 de agosto de 2019
Vacinas: o que você precisa saber para se beneficiar dessa proteção
É muito comum que as pessoas associem a vacinação à infância. O calendário de imunização contra doenças nessa fase da vida é mesmo mais extenso, mas não termina por aí. Hoje, quando vem crescendo o movimento antivacina, com adeptos mundo afora, ganha força a conscientização sobre a importância de imunizar crianças e também adultos contra as doenças, e proteger o organismo de males dos quais ele não conseguiria se defender sozinho.
É certo portanto que crianças, adultos e idosos devem receber vacinas e que algumas são exclusivas para determinadas faixas etárias, além daquelas que devem ter doses de reforço ao longo dos anos, porque nem todas as vacinas têm validade para a vida inteira.
Hepatite B, HPV, pneumonia e tétano, por exemplo, são doenças que demandam imunização em adultos. No caso do tétano, por exemplo, a imunização tem de ser repetida a cada dez anos. Entre as vacinas que devem ser administradas na idade adulta, existem aquelas que têm a ver com uma demanda regional, a exemplo da que combate a febre amarela.
Veja como funcionam algumas das principais vacinas:
Tétano: Nos primeiros meses de vida, a criança recebe a vacina tríplice contra tétano, difteria e coqueluche. No caso dos adultos, existe uma forma especial chamada Dupla Tipo Adulto contra difteria e tétano. A quarta dose já é considerada reforço e deve ser repetida a cada 10 anos. Para os adultos que nunca foram imunizados, o ideal é tomar as três doses básicas e seguir com as de reforço ao longo do tempo. Se houver atraso ou esquecimento na tomada de alguma dose, não é necessário recomeçar o processo, pode-se continuar de onde parou.
Hepatite B: É uma vacina importante na fase da adolescência, mas as pessoas em qualquer idade devem estar imunizadas. O vírus tem transmissão fácil também por via sexual.
Rubéola: A doença é relativamente benigna, mas pode haver, no caso das mulheres infectadas, problemas graves para o feto, a exemplo de lesões cerebrais, cardíacas e oculares.
Gripe e pneumonia: Os idosos têm maior risco de complicações com a gripe, inclusive podem desenvolver pneumonia, portanto a vacina é especialmente recomendada para eles. Em razão da perda gradual do seu efeito e da mudança constante da composição da vacina, em razão das mutações virais, a imunização precisa acontecer anualmente. É importante saber que a gripe é uma doença que traz riscos de complicações e pode matar, diferente de um resfriado. Por isso a imunização é relevante. No caso da vacina contra pneumonia, é recomendada dose única, que deve ser reforçada cinco anos depois.
Febre amarela: A depender da região para onde a pessoa está viajando, vacinar-se contra a febre amarela é obrigatório. No Brasil, especialmente no Norte e na região Amazônica, a proteção é necessária, já que há maior exposição à picada do mosquito. A vacina só começa a proteger o organismo 10 dias depois da aplicação, que deve ser repetida a cada 10 anos.
Sarampo: Para imunizar-se contra o sarampo, são necessárias duas doses da vacina. A doença infectocontagiosa é grave, provoca inflamação generalizada nos vasos sanguíneos causada por um vírus transmitido pelas secreções respiratórias. No Brasil, a doença estava erradicada até o ano passado, quando houve 10.326 casos confirmados, de acordo com o Ministério da Saúde. A erradicação só voltará a acontecer se 95% da população for vacinada. Todas as pessoas de 1 a 29 anos de idade devem tomar duas doses da vacina. Já os adultos entre 30 e 49 anos de idade devem receber pelo menos uma dose da vacina tríplice viral (SCR), que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. É contraindicada para crianças menores de seis meses de idade e gestantes. Em pessoas com imunossupressão, ou seja, com supressão das reações de imunidade do organismo, a tomada da vacina deve ser definida com o médico.
Fontes: Sociedade Brasileira de Infectologia e Ministério da Saúde.