22 de janeiro de 2019
Saúde mental: uma questão de equilibrar demandas
O ritmo da vida urbana e as rotinas sociais e de trabalho são aspectos dos mais relevantes quando se tenta explicar o crescente número de pessoas atingidas por problemas na saúde mental. Muito se fala de doenças como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, atraso mental, demências, transtorno obsessivo-compulsivo e da dependência de substâncias psicoativas, por exemplo. Essas questões –que historicamente foram envolvidas em muito preconceito e em tratamentos com eficácia duvidosa – hoje recebem atenção mais adequada, mas ainda existe muita desinformação.
O conceito de saúde mental é bastante amplo, o que já foi admitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O entendimento geral é que se trata do bem-estar integral, o que tem a ver com a saúde física, mas também com as dimensões psíquica, social e espiritual.
Ou seja, é preciso estar bem fisicamente e tranquilo para enfrentar as dificuldades do cotidiano, além de conseguir exercitar os seus talentos e contribuir com a sociedade. O problema é que, embora sejam questões essenciais, é tudo o que se costuma negligenciar, e esse equívoco causa sofrimento.
A OMS estima que 10% da população mundial sofra algum distúrbio de saúde mental, sendo a depressão o mais frequente. Alguns momentos da vida ou situações específicas podem causar os problemas, a exemplo da adolescência e da chegada da velhice, além de questões como morte de familiares, desemprego e divórcio.
Para o tratamento das enfermidades, a exemplo da depressão, bipolaridade e esquizofrenia, a ciência oferece medicamentos e terapias eficientes, mas é preciso identificar a reconhecer os problemas a fim de buscar ajuda. Para que isso seja possível, atenção consigo mesmo é a regra. O bem-estar integral que está diretamente ligado à saúde mental pode ser alcançado com atenção a uma série de questões que cada um deve ser capaz de acompanhar constantemente. São elas o equilíbrio emocional; checkup médico; atividade física; sono; ingestão de água, frutas e verduras; hábito intestinal; vida sexual; cuidados pessoais; hobbies e distância dos vícios químicos.
Mas como sentir que tudo anda bem com a saúde mental? Os principais sinais são estar bem consigo mesmo e na relação com os demais, ter autoconfiança e boas expectativas sobre o futuro, além de ser capaz de lidar com as adversidades. Tudo isso pode não funcionar em algum momento da vida, por isso é tão importante estar atento a si mesmo.
A mente saudável é o que permite a realização pessoal e indica bom conhecimento do contexto em que se vive, aptidão para conviver em sociedade, independência, determinação e, talvez o mais importante, capacidade de adaptação às mudanças. Pessoas que desenvolvem a inteligência emocional e aprendem a lidar com emoções negativas e positivas costumam ter melhor saúde mental, e inclusive podem conseguir superar traumas passados e lidar com as próprias limitações, alcançando uma vida feliz.
Para uma boa saúde mental, evite o isolamento social, seja física e mentalmente ativo, mantenha laços de amizade, cuide da saúde física com checkups anuais, desenvolva a espiritualidade e tenha sempre interesses diversificados.