Algumas das escolhas alimentares dos brasileiros estão entre as mais prejudiciais à saúde, como já revelou uma pesquisa realizada pelo IBGE. É que além de ter uma dieta pobre em nutrientes, muita gente se excede nas calorias, sobretudo porque aposta nos produtos industrializados. O brasileiro também anda consumindo muito sódio e sofre com carência de vitamina D.
É bom saber que a solução está nas escolhas conscientes, o que depende de força de vontade e compromisso pessoal. Claro, não é tão fácil o quanto parece, mas é possível. E os resultados são recompensadores. Mas, para começar a transformação, é preciso saber quais são os erros que tanto sabotam a saúde e o bem-estar. Depois, basta identificar onde está errando e montar o seu plano para correção. As melhores estratégias para perseverar dependem do perfil de cada um, mas compartilhar o plano com pessoas próximas costuma funcionar, porque é uma maneira de comprometer-se publicamente com uma vida mais saudável.
Os sete erros alimentares que apresentamos a seguir estão tanto nas más escolhas de alimentos quanto em hábitos equivocados. Veja quais são eles e como evitá-los.
1. Consumir sal e açúcar em excesso
São tantos os prejuízos causados por esses dois ingredientes que os colocam em primeiro lugar na lista de erros. Aumento da pressão arterial, retenção de líquido, obesidade, envelhecimento precoce e diabetes são alguns desses problemas. Tem até quem coloca porções extras de sal nas refeições a fim de “realçar o sabor dos alimentos”. Se você costuma fazer isso, está na hora de mudar. Cortar os excessos e buscar equilíbrio é a solução, sem precisar chegar ao ponto de ter de cortar radicalmente o sal e o açúcar da dieta para recuperar a saúde.
2. Comer poucas fibras
O bom funcionamento do intestino é essencial para a boa saúde. Nesse contexto, a prisão de ventre é um dos quadros mais preocupantes, sobretudo pelo risco de doenças como o câncer do cólon. O consumo regular de fibras é o melhor a fazer para prevenir problemas. Na prática, é colocar diariamente frutas, verduras, alimentos integrais e sementes na dieta. Acontece que muita gente passa longe desses alimentos e capricha na ingestão de produtos industrializados, carregados de sódio, gorduras e carboidratos. Se você faz parte desse grupo, o ideal é rever toda a dieta e contar com a ajuda de um profissional, nutrólogo ou nutricionista, para saber como comer melhor, que alimentos são mais adequados para a sua rotina e perfil, além das quantidades corretas.
3. Pular refeições
Problema muitas vezes atribuído à falta de tempo e à rotina de trabalho, deixar de fazer as refeições na hora certa é um dos erros com sérias repercussões, entre elas o ganho de peso. Comer nos horários certos, fazendo os intervalos de três a quatro horas, contribui para o melhor funcionamento do aparelho digestivo e para o equilíbrio na ingestão dos nutrientes e no acúmulo de calorias.
4. Beber pouca água
Falha grave, sobretudo quando o tempo está seco, o que é muito comum no inverno em algumas regiões do país. Há quem diga que não sente muita sede e que por isso esquece de beber água. Não dá para aceitar essa desculpa diante dos benefícios do corpo hidratado. E ainda há a variedade de opções para a ingestão de líquidos: sucos naturais, chás, água de coco e vitaminas são alguns exemplos.
5. Comer carne vermelha em excesso
Para muita gente que já eliminou essa opção do cardápio, a ingestão de carne vermelha não é mais um problema. Mas o maior prejuízo é mesmo o consumo em excesso, que contribui para o aumento das taxas de colesterol e ácido úrico. Alguns tipos de carne são mais prejudiciais que outros, e os maiores vilões são o bacon e os embutidos, como salsichas e linguiças. Para quem não quer abrir mão do churrasco, por exemplo, o consumo moderado é a solução inteligente. Portanto, reduza as quantidades e faça substituições, seja por frango e peixes ou por vegetais, legumes, oleaginosas e cereais, que sejam ricos em proteína e ferro.
6. Não buscar informação nutricional
Pesquisar sobre saúde e alimentação é uma das maneiras mais inteligentes e positivas de utilizar a internet. Claro, com cuidado para buscar sempre fontes confiáveis e não dispensar ajuda profissional na definição da dieta personalizada. Outra fonte de dados essencial são os rótulos dos produtos. É neles que devemos observar a composição de cada alimento, prestando atenção, sobretudo no caso dos industrializados, nas quantidades de gorduras, açúcares e sal.
7. Comer rápido e em horas inadequadas
Com a nossa atenção cada vez mais disputada entre tarefas, telas e aplicativos, o tempo para a refeição, além de mais curto, não recebe dedicação exclusiva, como deveria ser. Assim, mesmo sem perceber, mastiga-se rápido, o que prejudica a digestão e a produção dos hormônios ligados à sensação de saciedade. Muitas vezes a agitação também faz com que se coma menos do que o necessário, o que acaba sendo compensado com lanches fora de hora. Tranquilidade e atenção são aliados da saúde na hora das refeições, use-as sem moderação. E evite se alimentar pouco tempo antes de dormir, já que o sono pode ser prejudicado pela digestão.