
Burnout: quando o trabalho abala a saúde mental
Entre os diversos distúrbios psíquicos, a síndrome de burnout tem relação direta com o ambiente de trabalho. A pessoa atingida fica em estado de tensão e estresse, um esgotamento profissional que pode acontecer quando a atividade desempenhada exige a relação interpessoal mais intensa e direta. Você percebeu algo familiar na afirmação anterior? É isso, as profissões que envolvem contato direto com públicos diversos são as mais atingidas, o que inclui o profissional de RH, além de professores e policiais, por exemplo.
Essa realidade mostra o quão desafiadoras são essas atividades. Na rotina de uma pessoa com a síndrome de burnout, resultado de condições de trabalho desgastantes, podem ocorrer ausências, dificuldade de concentração, depressão, ansiedade, irritabilidade e baixa autoestima. Outros problemas podem surgir, entre eles pressão alta, insônia, dor de cabeça e cansaço.
A Campanha Janeiro Branco foi criada para convidar as pessoas a refletirem sobre a saúde mental, sua manutenção e a prevenção das doenças. O início do ano é um período propício para refletir sobre a própria vida, as crenças, emoções e pensamentos, algo que termina por influenciar o comportamento e, dessa maneira, o rumo dos acontecimentos. Existe um claro benefício em pensar sobre o sentido e o propósito da própria vida, sobre o autoconhecimento e como estão os relacionamentos interpessoais.
Para diagnosticar o burnout, o especialista, seja psicoterapeuta ou psiquiatra, levanta o histórico profissional do paciente e pode prescrever tratamento com psicoterapia e antidepressivos. Mudanças no estilo de vida serão necessárias, e envolvem uma rotina com mais tempo para si, com momentos de relaxamento e atividade física regular.
Já para prevenir o surgimento da síndrome de burnout, um estilo de vida que traga mais equilíbrio entre o trabalho e o descanso também é essencial. Desconsiderar o problema pode agravar a situação, portanto vale a pena avaliar as próprias condições de trabalho, se estão prejudicando a saúde física e mental, interferindo na qualidade de vida.
Se existe prejuízo, o ideal é repensar e promover transformações, inclusive propondo uma nova dinâmica de trabalho. A ansiedade e a depressão que podem atingir a pessoa nessas circunstâncias devem ser tratadas com ajuda profissional, evitando escapar do problema com artifícios como o consumo excessivo de álcool, por exemplo.
No ritmo acelerado da vida, as pessoas podem não perceber logo que estão desenvolvendo o distúrbio, e por essa razão é importante poder contar com o apoio dos colegas e familiares. Se alguém demonstra estresse excessivo, mudanças no comportamento e agressividade no trabalho, pode estar precisando de ajuda. Abordar o assunto requer tranquilidade e acolhimento, o que pode ser feito com ajuda profissional especializada.
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria
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