24 de julho de 2017
Programas de bem-estar podem combater o presenteísmo
A presença física, mas ausência mental no ambiente de trabalho, o chamado presenteísmo, tem algumas causas. Entre as principais, a insatisfação e a desmotivação. Mas a alta satisfação também pode ter repercussões negativas, quando o profissional desenvolve um compromisso intenso com uma organização ou uma causa e continua trabalhando mesmo doente, é a chamada Síndrome de Burnout.
O pesquisador norte-americano Ray Merrill e sua equipe estudaram o presenteísmo em 21 mil funcionários de três empresas. As razões identificadas para o problema era a má saúde física e mental, estresse financeiro, conflitos no local de trabalho, treinamento inadequado e problemas pessoais.
A pesquisa levantou a necessidade do apoio gerencial e dos programas estruturados de bem-estar dos funcionários para erradicar o problema.
Dados do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos apontam que 41 milhões de pessoas na força de trabalho do país não recebem licença médica paga, e vão ao trabalho doentes porque não podem se dar ao luxo de não trabalhar. Além disso, o trabalhador médio americano leva 5,2 dias afastado por doença por ano. Os pesquisadores analisaram as informações e concluíram que não há provas sólidas de que a licença paga por doença aumenta os custos ou que os empregados abusam desta política. E como argumento adicional, o benefício vai estimular funcionários leais e produtivos.
Os problemas financeiros são causas frequentes de presenteísmo entre trabalhadores norte-americanos. Neste caso, os profissionais estão no escritório, mas gastam, em média, 15 minutos por dia de trabalho lidando com questões financeiras pessoais, e até 62,5 horas por ano, de acordo com um estudo da Alliant Credit Union. Estes problemas afetam o desempenho no trabalho; e os RHs de diversas empresas, em resposta, implementam programas de bem-estar financeiro patrocinados pelo empregador.
Outras causas de presenteísmo que podem ser combatidas pelo RH envolvem pesadas cargas de trabalho, falta de pessoal, horas extras e pressões por prazos de entrega. São estes sinais revelados pelos funcionários que devem ser observados pela equipe de Recursos Humanos, na avaliação do pesquisador Ray Merrill, a fim de recomendar e implantar mudanças.