23 de agosto de 2017
Benefícios flexíveis: estratégia para manter a alta satisfação dos colaboradores
Existe uma solução para que os seus colaboradores tenham a melhor percepção sobre o próprio pacote de benefícios. E você precisa conhecer.
Desde que começaram a ser utilizados em empresas norte-americanas nos anos 1990, os programas de benefícios flexíveis tiveram conceitos distintos a depender das estratégias definidas em cada período. Hoje, o entendimento comum a todas as companhias que os aplicam é de que elevam a percepção dos colaboradores sobre os seus pacotes de benefícios. Pesquisas mostram que se trata de um dos diferenciais oferecidos mais bem avaliados pelos colaboradores, com índices de adesão e satisfação superiores a 90% Em palestra para líderes de RH realizada na sede da SAS, companhia líder de mercado em softwares e serviços de business analytics, em São Paulo, Ronn Gabay falou sobre a evolução do conceito de benefícios flexíveis no mundo e explicou quais as dificuldades da implantação no Brasil nos primeiros anos. Ronn é sócio-fundador da Bematize, que desenvolveu a primeira ferramenta no Brasil para integrar e automatizar a administração de todos os benefícios oferecidos pelas empresas. A primeira utilização dos benefícios flexíveis, nos Estados Unidos, teve objetivos financeiros. Lá, as empresas dividem os custos dos benefícios com os seus empregados de maneira mais agressiva, cabendo aos colaboradores percentuais em torno de 30% dos valores pagos por planos de saúde, por exemplo. “A proposta dos programas de benefícios flexíveis funcionou porque permitiu concentrar a participação dos colaboradores no pagamento de benefícios que poderiam significar retorno financeiro por serem dedutíveis do imposto de renda, enquanto as empresas ficavam responsáveis por custear os benefícios não-dedutíveis. Ou seja, era bom para os empregados em razão da vantagem fiscal, e para os empregadores não havia prejuízo”, explicou Gabay, que vivenciou a experiência norte-americana com os benefícios flexíveis quando trabalhou naquele país.
Na Europa, uma questão de diversidade
As empresas europeias também aplicaram os benefícios flexíveis com sucesso, mas lá o conceito adotado inicialmente era diferente do americano. O que se pretendia era atender aos perfis distintos de profissionais e de modelos de famílias, ou seja, os pacotes de benefícios precisavam ser flexíveis porque as pessoas tinham expectativas e necessidades diferentes.
“A aposta na diversidade foi acertada e fez o conceito dos benefícios evoluir. Mas a experiência da aplicação em todo o mundo mostrou que, a cada ano, a percepção dos colaboradores sobre a satisfação com seus seus pacotes vai diminuindo se não for possível renová-los. E é aí que a proposta dos benefícios flexíveis resolve a questão, já que dá ao funcionário liberdade de escolha a cada ano” defendeu Ronn Gabay.
Encantado com a solução dos benefícios flexíveis como estratégia para aumentar a satisfação dos colaboradores, Gabay vislumbrou sua aplicação nas empresas brasileiras, mas uma dificuldade inicial mostrou que este processo não seria tão fácil. É que a tecnologia que garantia a completa automatização do processo nos Estados Unidos ainda não era disponível no Brasil. Faltava o sistema que interligasse o programa de benefícios às informações da folha de pagamento e aos dados dos fornecedores dos benefícios, ou seja, às empresas de planos de saúde, cartões de alimentação, entre outras.
Para suprir esta carência, Ronn e um grupo de especialistas criaram uma plataforma para a gestão de todos os benefícios, em um portal exclusivo e customizado para as necessidades de cada empresa. Com 22 anos de experiência na área de benefícios, Ronn Gabay tem ajudado clientes na estratégia, definição e implementação de programas de benefícios tradicionais e flexíveis, que promoveram transformações culturais nos RHs. Participou da implantação dos principais programas de benefícios flexíveis do mercado brasileiro, na Capgemini, BRQ, Libbs Farmacêutica e Telefônica.